Analisando a credibilidade das notícias

Quando lemos um jornal, uma revista, um blog ou outras publicações online, quando assistimos à televisão ou a vídeos online, ou quando ouvimos o rádio, por exemplo, podemos ser expostos à divulgação de notícias, opiniões, comerciais, anúncios de serviços públicos, e entretenimento, dentre outros tipos de transmissão. Preste sempre muita atenção. Não leia, ouça ou assista passivamente. Questione tudo o que você lê, ouve ou assiste – incluindo o que você encontra neste website.

Avalie quem realmente fala

No jornalismo eletrônico, o “falante” nem sempre é óbvio. Por exemplo, num telejornal, o(a) apresentador(a) pode ser a pessoa falando diante da câmera, mas seu material, na verdade, vem de uma equipe de autores, um grupo de produtores, executivos da rede de TV, e de agências de notícias – como as brasileiras Agência Brasil (estatal) e Agência Estado (privada), ou internacionais como Associated Press (dos E.U.A.) ou Reuters (da Inglaterra). Sempre avalie o ponto de vista das pessoas por trás das palavras que você ouve ou lê. Avalie a credibilidade do “falante”, considerando as seguintes possibilidades:

Jogo de interesses. Muitas vezes, o falante, apresentador ou autor podem ter objetivos – “segundas intenções” – que não estão explícitos ou aparentes. Isso é muito comum, por exemplo, com notícias políticas. Quando você tiver suspeitas, pergunte-se: O falante/autor está tentando conseguir algo que não é exatamente o que está sendo dito/escrito? Há segundas intenções por trás da forma como se falou/escreveu sobre a notícia?

Parcialidade do falante. Parcialidade é a tendência de privilegiar apenas uma perspectiva – seja ela qual for. De certa forma, todos nós somos parciais, já que não somos capazes de olhar para tudo a partir de todos os pontos de vista possíveis o tempo todo. E todo jornalista apresenta em suas matérias uma perspectiva, já que não existe neutralidade absoluta. Mas, no caso do jornalismo, há o mito da isenção, isto é, a ideia de que a informação deveria ser transmitida de forma neutra, sem tomar partidos. Assim, ao ler um texto numa revista, jornal ou online, ao ouvir uma transmissão na TV, no rádio ou na internet, pergunte-se se o(a) autor(a) privilegia apenas um ponto de vista (perspectiva) ou se leva em consideração diferentes pontos de vista, e como o faz.

Técnicas apelativas. Avalie como a mensagem apela ao seu público. Por exemplo, um comercial sugere que todos usem o produto anunciado? Ele cita especialistas ou celebridades? Ele tenta apelar a um público da sua mesma faixa etária, seu desejo de ser popular, seu bem estar?